OS MEUS 10 ERROS “PREDILETOS” COMO LÍDER - Eu, o controlador! Por Leon Kaiser
- Flowin3

- 25 de out. de 2022
- 2 min de leitura
Refletindo um pouco sobre a minha trajetória dentro de uma organização multinacional consigo ver quantas coisas erradas eu fiz durante os 25 anos que estive na posição de líder; quantas crenças distorcidas e tóxicas tive na cabeça; quantas vezes o meu EGO me dominava e me fazia tomar atitudes que hoje sinto até vergonha.

Um tema bem relacionado a ilusão do EGO da “superiodade” e do desejo de ser o dono da razão que falei nas semanas passadas é a mania do controle. Em alemão tem um ditado que o google fala que vem do Lenin: “Vertrauen ist gut, Kontrolle ist besser”, ou seja “confiança é bom, controle é melhor”. Honestamente, parece mais crença distorcida do que ditado. Mas diz tudo sobre a pessoa que controla.
Vamos lá…
Há vários aspectos:
-controle para compensar a falta de confiança (eu não confio no trabalho e/ou na competência do outro, não confio no seu compromisso, não confio que ele faz certo ou sabe fazer…)
-controle para mostrar superioridade e poder (eu sou o poderoso e cuidado que vou te pegar…)
-controle por insegurança (como sou o responsável vai pegar em mim quando um dos “meus” (ridículo isso…) funcionários faz algo errado).
Uma forma de controle extremo é o “ Micro-Management”, que é a bomba atômica de desmotivação. A combinação de definição detalhada do que o “subordinado” (mais ridículo ainda) deve fazer em combinação com o controle detalhado verificando se ele fez tudo certinho e conforme as orientação dadas. Às vezes, bem camuflado como “ Business Review”, “One 2 One”, Jour Fixe, etc. Se quiser que as pessoas se desmotivem e se desliguem da empresa, faça isso!
Considerando que o papel do gestor é cuidar das pessoas e eles cuidam do negócio e resultados (Simon Sinek) nesse estilo “ delegação e controle” que vem dos anos 60 o gestor não faz o papel dele. Confiança nos colaboradores e se conectar com eles é fundamental para criar um espaço seguro. E esse espaço seguro é necessário para que as pessoas sintam vontade de entregar resultados além do esperado. Confiança é fundamental para criar autonomia, um elemento primordial para a motivação da gente. E autonomia vem com maestria e competência das pessoas. É essencial para qualquer líder apoiar as pessoas em criar essas competências e “maestria” e saber qual pessoa deve ter mais autonomia e qual precisa de mais suporte. Crescer essa autonomia das colaboradores deve ser uma das meta principais de cada um dos líderes. “Quando o meu filho não sabe nadar não vai entrar sozinho na piscina” mas eu como pai tenho que ensiná-lo nadar. Esse autonomia e responsabilidade de pai e filho podemos traduzir para o líder e o colaborador. (Exemplo do meu amigo e sócio da Flowin3, @Luiz Lunkes)
A meta tem que ser desenvolver as pessoas, treinar, ensinar, soltar e apoiar. Estar perto, acompanhando, ajudando, NÃO CONTROLANDO.
Obviamente, demorei um tempão para entender isso. No meu caso foi um mix dos motivos que mencionei acima (“tem vários aspectos”…) que me deixaram controlar as pessoas que trabalharam comigo. Com certeza enche o saco deles até…, desmotivei-os, não ajudei no crescimento deles. Especialmente nos meus primeiros anos como gestor não consegui enxergar.
E você? Quais são as suas experiências com “controle”?
Vamos falar?
Um abraço
Leon Kaiser
Nós da @Flowin3 ajudamos lideres a engajarem a equipe e comemorarem excelentes resultados juntos!




Comentários